Em meio a tantas responsabilidades e corridas agendas do mundo moderno, é fácil, até mesmo nas igrejas, esquecer que as crianças não são apenas o futuro da fé — elas são também o presente. Valorizar as crianças é reconhecer que Deus as vê com olhos de amor, propósito e dignidade desde o início da vida. No meio evangélico, essa valorização deve ir além do cuidado básico ou do entretenimento infantil: ela deve se traduzir em inclusão, escuta e discipulado intencional.
Jesus foi claro ao afirmar: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam, pois o Reino dos Céus pertence aos que são semelhantes a elas” (Mateus 19:14). Essa afirmação não apenas eleva a criança como digna do Reino, mas também sugere que há algo na simplicidade, confiança e pureza infantil que devemos aprender e imitar. Quando uma comunidade de fé valoriza verdadeiramente suas crianças, ela está mais próxima do coração de Cristo.
Infelizmente, ainda há contextos em que as crianças são vistas apenas como público secundário, relegadas a espaços paralelos e pouco estimulantes. Porém, investir nelas com seriedade — por meio da Palavra, da arte, da escuta ativa e da participação nos cultos e projetos — é plantar sementes que frutificarão por toda a vida. Uma criança que cresce sendo ouvida e amada na igreja aprende que Deus também a escuta e a ama. Isso molda sua identidade espiritual e fortalece sua caminhada de fé.
Além disso, as crianças possuem uma sensibilidade espiritual admirável. Elas compreendem mistérios da fé de maneira sincera e profunda, muitas vezes mais do que os adultos imaginam. Valorizar essa espiritualidade é permitir que compartilhem suas experiências com Deus, suas perguntas e seus dons.
No meio evangélico, onde se prega tanto sobre avivamento, não se pode ignorar que muitos moveres de Deus na história começaram com crianças ou envolveram profundamente os pequenos. Crianças bem discipuladas hoje serão líderes espirituais firmes amanhã — e mesmo agora, podem ser testemunhas vivas da graça e do amor de Cristo.
Portanto, valorizar as crianças é não apenas um ato de responsabilidade, mas uma expressão de fé e obediência. Que cada igreja, família e ministério as veja como Deus vê: preciosas, essenciais e dignas de todo cuidado, atenção e amor.
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