Vivemos em uma era marcada por conexões digitais intensas e julgamentos instantâneos. Crianças e adolescentes crescem em meio a redes sociais, exposição constante e a dura realidade do cancelamento social — um fenômeno que exclui, marginaliza e humilha. Somado a isso, o bullying, tanto no ambiente escolar quanto virtual, continua sendo um problema sério e recorrente, deixando marcas profundas na autoestima e na saúde emocional de quem sofre.
Nesse cenário, a literatura, especialmente a ficção cristã, surge como uma poderosa aliada na formação de uma cultura de empatia, respeito e perdão. Ao criar histórias envolventes com personagens que enfrentam rejeição, humilhações ou injustiças, a ficção cristã convida o leitor a enxergar o outro com compaixão e a refletir sobre as consequências de suas atitudes.
A beleza da ficção está na sua capacidade de colocar o leitor no lugar do outro. Quando combinada com princípios cristãos — como o amor ao próximo, a misericórdia, a dignidade de cada ser humano e a graça —, essa literatura transforma não apenas a percepção sobre os que sofrem, mas também os corações de quem pratica ou se cala diante do mal.
Por meio de narrativas que mostram a superação da dor através do perdão, da restauração e da identidade em Cristo, a ficção cristã oferece aos jovens uma nova lente: a da reconciliação, da cura e do valor incondicional que cada pessoa tem aos olhos de Deus. Em vez de propagar o julgamento e o ódio, essa literatura constrói pontes.
Além disso, personagens bem construídos podem se tornar referências positivas para crianças e adolescentes que se sentem sozinhos ou excluídos. Ao se verem representados em histórias de fé e esperança, esses leitores encontram alento, coragem e direção para seguir em frente.
Mais do que entreter, a ficção cristã educa, consola e confronta. Ela é um convite para um novo tipo de convivência, onde o perdão é mais forte que a vingança, a verdade anda junto com a empatia e a justiça não exclui o amor. Em tempos de cancelamento e bullying, contar boas histórias é um ato de resistência — e de fé.
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